terça-feira, novembro 28, 2006

Fotos de 1948, dos Matulões.


Augusto Mota, cartolado, na queima de 1958 (a seguir estão os célebres Matulões dos anos 40)
[A fotografia supra é um bom documento de época. Não deixa de suscitar reparo o extravagante cartolão, eco de uma época em que as cartolas eram confeccionadas manualmente com cartolina, tesoura, cola e papel de lustro da cor da respectiva Faculdade. A moda das cartolas e bengalas foi lançada na Queima das Fitas de Maio de 1932 pelo curso do Quinto Ano de Medicina, ou Curso dos Cocos, a que pertenceu o boémio Pantaleão da Mota. Foi também este curso o mentor da primeira Venda da Pasta em favor da Casa de Infância Elysio de Moura. Cartolas, Bengalas e labitas surgiram como sátira aos formalismos do protocolo de Estado e antecipação da condição sócio-profissional que aguardava os novos diplomados.
Na década de 1980, as Cartolas e Bengalas vendidas em lojas das ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz eram importadas de uma empresa do Porto, muito alinhadas em molde e de tecido liso, à maneira de Hollywood e do Moulin Rouge. Como o take way não contemplava as excepções, quem gozasse das glórias da veterania teria de comprar cartolina preta, tesoura, papel de veludo negro e cola quanto baste para altear anéis ao cartolão, pois destes não se faziam nas fábricas destinadas a fornecer as "queimas" transformadas em eventos massificados. Em Coimbra, o máximo requinte que a massificação podia atingir, era no caso de quem já fosse pai ou mãe, confeccionar uma cartolinha para a cabeça do filho em dia de cortejo. Noutras paragens, a cartolinha e a bengalinha entraram de pedra e cal nas creches e infantários, não havendo festa de sala dos cinco anos que as dispense. AMNunes]

No terraço com a "Abadessa" e a filha. O segundo da esquerda é Barrigas de Carvalho e o último à direita, Jerónimo Coutinho.

Amorim Afonso e Jerónimo Coutinho obrigando Augusto Mota a dar uma fumaça.

Jerónimo Pereira Coutinho e Augusto Amorim Afonso.
Fotos enviadas por Augusto Mota.

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