terça-feira, agosto 29, 2006


Colégio e Igreja de São Bento (1) Posted by Picasa
Rara imagem do Colégio de São Bento (Instituto de Antropologia), ainda com a Igreja anexa, os últimos arcos do Aqueduto e o muro onde viria a assentar a fachada traseira do Departamento das Matemáticas.
O Aqueduto de São Sebastião foi edificado entre 1568 e 1570, tendo ocorrido a demolição do arco mais voltado à actual Praça D. Dinis em Novembro de 1958.
O Colégio de São Bento começou a ser construído em 1576 (Mestre Afonso Álvares). Na sua cerca se instalou o Jardim Botânico, após a reforma pombalina. Nacionalizado o colégio em 1834, viria a ser incorporado nos bens da UC em 1836. A partir de 1849, uma parte do edifício serviu de quartel. Em 1854 a UC arrendou o edifício ao Dr. Manuel Homem para nele instalar um colégio particular. Em finais do ano lectivo de 1869-1870 o Lyceu de Coimbra veio transferido do antigo Colégio das Artes para o Colégio de São Bento que passou a sede do Lyceu até à sua transferência para o edifício do José Falcão. Em Outubro de 1870, a abertura solene das aulas do Lyceu já decorreu na nova sede. As restantes dependências do Colégio eram ocupadas pela Faculdade de Filosofia, na parte respeitante aos serviços de Botânica e Agricultura.
Nos finais da década de 1930, o Colégio de São Bento servia o Instituto Botânico da UC, o Liceu Feminino Infanta D. Maria e uma secção do Lyceu D. João III (actual Secundária José Falcão). Na década de 1950 o imóvel albergava o Instituto Botânico, o Instituto de Antropologia, a Biblioteca da Faculdade de Medicina, os Correios da Alta e a Junta de Freguesia da Sé Nova.
A Igreja do Colégio de São Bento, muito danificada desde os tempos em que servira de quartel militar, foi demolida durante o ano de 1931. A empreitada terminou em Janeiro de 1932. Entre os finais do século XIX e os inícios do século XX muitos exames de instrução primária e de certificação liceal se realizaram no espaço da Igreja de São Bento. Lamentaram o seu fim os antigos associados do Orfeon Académico, pois a sala de ansaios do Orfeon de António Joyce e do Orfeon Elias de Aguiar fora este templo. E também fez falta ao Lyceu que ficou mal servido de espaços para a realização da ginástica.
Nos espaços ocupados pelo robusto muro branco viria a assentar a fachada traseira do Departamento das Matemáticas, inaugurado em 17 de Abril de 1969 (Arqt. Licínio Cruz).
Fonte: gravura publicada na revista "Rua Larga", Nº 22, de 14 de Fevereiro de 1959. Falta apurar se o autor é ARLINDO Vicente ou ARCINDO Madeira.
AMNunes

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