terça-feira, agosto 29, 2006


Colégio de São Bento (3) Posted by Picasa
Planta e trecho do alçado principal da Igreja do Colégio de São Bento, demolida por ordem do governo da República em 1932.
A Igreja de São Bento foi cedida ao Orfeon Académico em 1908, primeiramente como sede e espaço de ensaios. De 1913 a 1931 serviu apenas de local de ensaios, pois a sede oficial passara para a Bastilha, sede da AAC entre 1913-1949. Quando o Orfeon de António Joyce ali começou a ensaiar, restavam apenas as paredes e as janelas do templo. A talha, as obras de arte, os ajulejos, tudo fora destruído ou rapinado desde 1834. Os primeiros orfeonistas regidos pela batuta de Joyce tiveram mesmo de aliviar o templo dos restolhos das funções de palheiro e de cavalariça.
Os ensaios gerais a quatro naipes ocorriam nas escadarias de acesso à capela mor. Nos ensaios separados, cada naipe ia aninhar-se nas reentrâncias das capelas laterais. Nessas capelas deram o seu melhor como ensaiadores-ajudantes Francisco Menano (de Joyce), António Menano/D. José Pais/Raposo Marques (de Elias de Aguiar).
Durante cerca de duas décadas, a abóbada de caixotão, os pilares e os arcos de antanho saudaram, além da arte coral, o despontar de talentos ligados aos solos vocais e à guitarra: Francisco Menano (2º tenor e guitarrista; José Anjos (1º tenor, solista do grupo de Francisco Menano), Agostinho Fontes Pereira de Melo (notabilíssimo 1º tenor e solista de Joyce), Leovegildo Queimado de Sousa (guitarrista), Maximino Correia (guitarrista, barítono solista de Elias de Aguiar), António Menano (1º tenor, ensaiador-substituto de Elias de Aguiar, compositor amador), D. José pais de Almeida e Silva (compositor), Artur Almeida d'Eça...
Imagem: António Garcia Ribeiro de Vasconcelos, "Escritos Vários relativos à Universidade Dionisiana", Volume I, Coimbra, 2ª Edição, Arquivo da UC, 1987 (1ª edição de 1938).
AMNunes

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